Disruptores Endócrinos: O que são e os Riscos a Saúde
Os disruptores endócrinos (DEs) são uma gama de substâncias químicas que interferem no sistema hormonal, alterando a forma natural de comunicação do sistema endócrino, causando distúrbios à saúde.
Nosso organismo é capaz de eliminar os estrógenos naturais por já estarmos adaptados a eles, mas muitos dos compostos artificiais resistem aos processos de excreção e se acumulam no organismo. Desta Forma acontece uma contaminação de baixo nível mas de longa duração onde a exposição crônica pode nos prejudicar cada vez mais. Exemplos de desruptores são: Ftalatos, Bisfenol F, Bisfenol A, Bisfenol S, Parabenos, Chumbo, Triclosan, Benzeno, Tolueno.
Os indícios mais provados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) de que a exposição aos desruptores endócrinos ao longo do tempo aumentaram algumas doenças, como:
- Reprodutivas/endócrinas: câncer de mama, câncer de próstata, endometriose, infertilidade, diabetes.
- Imunes/autoimunes: suscetibilidade a infecções, doenças autoimunes.
- Cardiopulmonares: asma, doenças cardíacas, hipertensão, infarto.
- Cerebrais/nervosas: mal de Parkinson, mal de Alzheimer, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), dificuldades de aprendizado.
- Obesidade: relacione-se à interferência na diferenciação do adipócito e nos mecanismos de homeostase do peso.
Quando essa exposição acontece na gestação e primeira infância (quando diversos órgãos estão em desenvolvimento) esses efeitos deletérios são ainda mais perigosos, e podem ser percebidos somente décadas depois. Para evitar tal contaminação, substituir as garrafas e potes plásticos por vidro, optar pelos orgânicos sempre que possível, preferir cosméticos, produtos de limpeza e higiene naturais, sem aditivos químicos, ficar longe de alimentos industrializados e fast-foods o máximo possível e não utilizar enlatados em excesso.
Estudos apontam que o consumo de alimentos processados durante a gravidez pode estar ligado a um aumento do risco de desordem do espectro do autismo (TEA). Pesquisadores descobriram que altos níveis de ácido propiônico (PPA) (usado em alimentos processados para estender a vida de prateleira), alteram o desenvolvimento neuronal no cérebro fetal.
O fato é que a exposição materna da PPA pode alterar alguns padrões neuronais durante os estágios iniciais do desenvolvimento cerebral embrionário levando à superproliferação de células gliais, arquitetura neural anormal e aumento do perfil inflamatório que são possíveis precursores para o autismo.