Exercícios Físicos: Um Aliado Poderoso na Prevenção do Alzheimer

O Alzheimer, doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas no mundo, ainda não tem cura, mas estudos apontam que a prática regular de atividade física pode ser uma aliada importante na prevenção da doença. Pesquisas científicas mostram que exercícios podem reduzir o risco de desenvolvimento do Alzheimer e retardar o avanço de problemas cognitivos relacionados ao envelhecimento.

Como a atividade física atua no cérebro?

A atividade física estimula o fluxo sanguíneo no cérebro, promovendo maior oxigenação e nutrição das células cerebrais. Além disso, ela contribui para a liberação de substâncias como o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), que desempenha um papel fundamental na proteção e regeneração dos neurônios.

Outro efeito positivo é a redução de inflamações no organismo, incluindo no sistema nervoso central. A prática regular também auxilia na diminuição do estresse oxidativo, um dos fatores associados ao declínio cognitivo e ao Alzheimer.

Benefícios comprovados

Diversos estudos destacam os benefícios da atividade física na prevenção do Alzheimer:

• Redução de risco: Um estudo da Universidade de Califórnia, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas fisicamente ativas têm até 40% menos chance de desenvolver a doença em comparação com sedentários.
• Aumento do volume cerebral: Exercícios, especialmente os aeróbicos, têm sido associados a um maior volume do hipocampo, área do cérebro responsável pela memória e uma das primeiras afetadas pelo Alzheimer.
• Melhora na cognição: Pesquisas mostram que o exercício regular melhora a memória, o raciocínio e a atenção em pessoas de todas as idades.

Qual atividade física é recomendada?

Embora qualquer tipo de exercício seja benéfico, algumas práticas têm destaque na prevenção do Alzheimer:

• Exercícios aeróbicos: Caminhadas, corridas, natação e ciclismo são os mais indicados, pois aumentam o fluxo sanguíneo e oxigenação no cérebro.
• Treinamento de força: Atividades como musculação ajudam a fortalecer o corpo e também a melhorar a saúde cerebral, segundo estudos.
• Práticas combinadas: Exercícios que unem movimentos físicos com estímulos cognitivos, como dança ou yoga, podem ser ainda mais eficazes.

O ideal é realizar pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Prevenção também envolve outros hábitos

Além da prática de exercícios, adotar um estilo de vida saudável é fundamental para a prevenção do Alzheimer. Isso inclui:

• Manter uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras e ômega-3;
• Dormir adequadamente;
• Estimular o cérebro com leitura, aprendizado de novas habilidades ou jogos cognitivos;
• Controlar doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

O impacto social e emocional

A prática de atividades físicas não beneficia apenas a saúde física e mental, mas também promove socialização, o que é crucial para idosos. Estar em grupos de exercícios ou atividades recreativas ajuda a combater a solidão e a depressão, que são fatores de risco para o declínio cognitivo.

Conscientização é o primeiro passo

Embora o Alzheimer não possa ser totalmente prevenido, ações como praticar exercícios físicos, adotar hábitos saudáveis e fazer acompanhamento médico regular podem fazer a diferença.

A mensagem é clara: nunca é tarde para começar. Pequenas mudanças no dia a dia podem contribuir para uma vida mais longa, saudável e com qualidade cognitiva.