Novembro Azul: Conscientização e Prevenção do Câncer de Próstata no Brasil
O mês de novembro é marcado pela campanha “Novembro Azul”, uma iniciativa global que visa conscientizar os homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. No Brasil, essa campanha ganha destaque devido à alta incidência da doença entre a população masculina.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros, ficando atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Para o triênio 2023-2025, estimam-se 71.730 novos casos anuais da doença no país. Além disso, o câncer de próstata é a segunda causa de óbito por câncer na população masculina, reafirmando sua importância epidemiológica no Brasil.
Fatores de Risco e Prevenção
A idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata, sendo mais incidente em homens a partir dos 60 anos. Outros fatores incluem histórico familiar de câncer de próstata antes dos 60 anos e obesidade, especialmente para tipos histológicos avançados. A exposição a agentes químicos relacionados ao trabalho também é responsável por 1% dos casos.
Para reduzir o risco, recomenda-se a manutenção do peso corporal adequado, prática regular de atividade física, alimentação saudável, evitar bebidas alcoólicas e não fumar. Esses hábitos contribuem para a diminuição do risco de doenças crônicas, incluindo o câncer.
Diagnóstico e Rastreamento
O INCA destaca que não há recomendação para o rastreamento populacional do câncer de próstata, uma vez que as evidências atuais apontam para um balanço desfavorável entre os riscos e benefícios para a saúde dos homens. No entanto, é fundamental que os homens estejam atentos a qualquer anormalidade no corpo e procurem o serviço de saúde o mais breve possível para realizar o diagnóstico precoce.
Apesar dos esforços de conscientização, ainda há resistência por parte de muitos homens em realizar exames preventivos, como o toque retal. Uma pesquisa divulgada em novembro de 2024 revelou que 30% dos homens entrevistados nunca realizaram e nem pretendem realizar o exame de toque retal. Especialistas alertam que o preconceito é o maior obstáculo na conscientização masculina sobre a importância do diagnóstico precoce.
