DF Reforça Vigilância para Conter Transmissão do Sarampo e Intensifica Vacinação
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) adotou medidas estratégicas para conter a transmissão do sarampo após a confirmação do primeiro caso da doença na capital desde 2020. A resposta rápida incluiu diagnóstico precoce, busca ativa de contatos e bloqueio vacinal, sendo elogiada pelo Ministério da Saúde como um exemplo a ser seguido por outros estados e municípios.
Vacinação é a principal forma de prevenção
A imunização continua sendo a melhor forma de proteção contra o sarampo. No DF, a cobertura vacinal para crianças menores de dois anos é de 97,2% para a primeira dose e 88,3% para a segunda. Pessoas de até 29 anos devem ter tomado duas doses da vacina tríplice viral, enquanto adultos de 30 a 59 anos precisam comprovar pelo menos uma dose. Profissionais de saúde devem ter duas doses independentemente da idade. Em situações de surto, bebês entre 6 e 11 meses podem receber uma dose extra, chamada “dose zero”.
Atualmente, a SES-DF conta com mais de 40 mil doses da vacina contra o sarampo. A gerente da Rede de Frio da secretaria, Tereza Pereira, reforça a importância da imunização e orienta que aqueles com a caderneta de vacinação desatualizada procurem uma Unidade Básica de Saúde (UBS). “A vacina é segura e pode ser aplicada junto com outras. Ao nos imunizarmos, protegemos não apenas nossa própria saúde, mas também toda a comunidade”, destaca.
Monitoramento e bloqueio vacinal
O Distrito Federal possui um serviço de monitoramento 24 horas para resposta a eventos de importância para a saúde pública. Em casos suspeitos de sarampo, todas as pessoas que tiveram contato com o paciente são investigadas, incluindo colegas de trabalho, vizinhos e até passageiros de transportes como aviões e veículos de aplicativo.
No caso confirmado, 278 pessoas que tiveram contato com a paciente estão sendo monitoradas até o dia 26 de março. Durante esse período, a Vigilância Epidemiológica realiza a varredura vacinal, identificando sinais de alerta e implementando o bloqueio vacinal seletivo, que deve ocorrer em até 72 horas após a exposição ao vírus para conter sua disseminação.
Primeiro caso registrado desde 2020
A paciente, uma mulher entre 30 e 39 anos com histórico de viagens internacionais, apresentou os primeiros sintomas em 27 de fevereiro, incluindo febre, tosse seca e irritação nos olhos. No dia 1º de março, surgiram as manchas vermelhas características da doença. A confirmação veio por exames laboratoriais no Laboratório Central do DF (Lacen-DF) e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ). Felizmente, a paciente não precisou de hospitalização, e a doença evoluiu sem complicações.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa e pode levar a complicações graves, principalmente em crianças menores de cinco anos. Seus sintomas incluem febre alta, tosse seca, irritação nos olhos e mal-estar, seguidos pelo aparecimento de manchas vermelhas que começam no rosto e se espalham pelo corpo. A persistência da febre após o surgimento das manchas pode indicar um quadro mais grave.
A Vigilância Epidemiológica do DF mantém atenção constante a surtos e epidemias em outros estados e países, monitorando não apenas o sarampo, mas também doenças como poliomielite, difteria, coqueluche, febre amarela e meningites. A população é incentivada a manter a vacinação em dia para evitar a reintrodução de doenças que já haviam sido eliminadas no Brasil.