4 Nutrientes Essenciais para Tireoidite de Hashimoto
A Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune que afeta a glândula tireoide, resultando em sua inflamação e disfunção. Pacientes diagnosticados com essa condição geralmente têm uma maior necessidade de cuidar da alimentação e fornecer ao corpo os nutrientes necessários para apoiar a função tireoidiana e o sistema imunológico. Abaixo, discutiremos os nutrientes essenciais para pacientes com Tireoidite de Hashimoto e como eles podem desempenhar um papel crucial na gestão da doença.
Iodo: Fundamental para a produção dos hormônios tireoidianos. Os níveis de ingestão de iodo abaixo ou acima do recomendado estão associados com o desenvolvimento de distúrbios da tireoide. O Brasil é um dos países onde o consumo de iodo é considerado alto, devido à adição desse micronutriente no sal. O excesso de iodo pode levar ao aparecimento da Tireoidite de Hashimoto em indivíduos predispostos, por aumentar as espécies reativas de oxigênio na tireóide, que ativam vias inflamatórias, levando à apoptose de tireócitos.
Ferro: A Tireóide Peroxidase (TPO) é uma enzima heme, ou seja, enzima que apresenta ferro na composição. Essa enzima está presente nos tireócitos e exerce um papel na síntese do hormônio tireoidiano. Estudos constatam que a anemia pode aumentar o risco de tireoidite. Existe uma alta prevalência de deficiência de ferro em pacientes acometidos por tiroidite autoimune. Por esses motivos, é importante acompanhar e manter a suficiência de ferro para o funcionamento ideal da tireóide
Selênio: A ingestão insuficiente de selênio pode resultar em piora da tireoidite de Hashimoto, pois três enzimas contendo selênio (selenoproteínas) estão envolvidas na função da tireóide. Duas (iodotironina deiodase-1, iodotironina deiodase-2) mantém os níveis intracelulares e sistêmicos do hormônio tireoidiano ativo e a terceira (iodotironina deiodinase-3) ajuda a inativar o excesso de tiroxina. Muitos estudos relacionam a deficiência de selênio com a autoimunidade tireoidiana, porém o excesso desse micronu-triente também é considerado tóxico para a tireóide e para a saúde em geral.
Vitamina D: Apresenta um papel imunomodulador em doenças autoimunes. Diversos estudos encontraram relação entre a hipovitaminose D e maior risco de ocorrência de tireoidite de Hashimoto. A correção dos níveis dessa vitamina está associada à diminuição dos anticorpos envolvidos na tireoidite autoimune.
É essencial ressaltar que a dieta deve ser individualizada e adaptada às necessidades específicas de cada paciente, considerando fatores como idade, sexo, peso, níveis hormonais e outras condições de saúde existentes. Portanto, é fundamental que os pacientes com Tireoidite de Hashimoto consultem um médico ou um nutricionista especializado para desenvolver um plano nutricional adequado às suas necessidades específicas.
