Estudo: Consumo Excessivo de Álcool está Associado a Lesões Cerebrais e Cognitivo
Um novo estudo científico reforça os perigos do consumo excessivo de álcool para a saúde do cérebro. A pesquisa revelou que pessoas que ingerem oito ou mais doses de bebida alcoólica por semana têm 133% mais chances de desenvolver lesões cerebrais associadas a problemas de memória, cognição e raciocínio.
O estudo, publicado recentemente em uma renomada revista científica, analisou imagens cerebrais de milhares de adultos e identificou uma relação direta entre o consumo elevado de álcool e o aumento de lesões na substância branca do cérebro — região fundamental para a comunicação entre os neurônios.
Essas lesões são conhecidas por comprometer a capacidade cognitiva, afetar a memória, a concentração, a velocidade de processamento de informações e até aumentar o risco de demência em longo prazo.
Doses acima do recomendado
De acordo com os pesquisadores, o risco começa a se tornar significativo a partir de oito doses semanais — o equivalente a pouco mais de um drink por dia. O alerta serve para reforçar a importância do consumo moderado e responsável de bebidas alcoólicas, já que, tradicionalmente, os efeitos do álcool eram mais associados a problemas hepáticos e cardiovasculares, mas agora o impacto sobre o cérebro ganha cada vez mais evidência científica.
“A exposição contínua ao álcool em níveis elevados causa danos progressivos, mesmo em pessoas consideradas socialmente funcionais e saudáveis”, afirmaram os autores do estudo.
Cuidado redobrado com a saúde cerebral
Especialistas recomendam que a população esteja atenta aos sinais de alerta relacionados à saúde cerebral, especialmente pessoas que fazem consumo frequente de álcool. Alterações na memória recente, dificuldade de concentração, esquecimentos frequentes e lapsos de raciocínio podem ser indicativos de que o cérebro está sendo afetado.
Além da redução do consumo de álcool, hábitos saudáveis como boa alimentação, prática de atividade física, sono adequado e controle do estresse são fundamentais para a preservação da saúde do cérebro.
O estudo traz um importante alerta: o impacto do álcool vai além do momento de lazer e prazer imediato. Os efeitos podem ser silenciosos, acumulativos e comprometer de forma significativa a qualidade de vida no futuro.
