ICTDF Celebra o Marco de 700º Pacientes Submetido a Transplante de Fígado
Distrito Federal se destaca nacionalmente pelo número de transplantes realizados. A Secretaria de Saúde disponibiliza serviços de transplantes para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Bruno Saback, aos 38 anos, conta que sua vida foi transformada após receber um novo fígado, única solução após mais de uma década sofrendo com doenças hepáticas. Ele se tornou o 700º paciente a receber alta no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), o que tem colocado a capital em evidência no Brasil.
Até o final de junho, mais de 60 pacientes receberam novos fígados no Distrito Federal, sendo 40 deles (63,5%) no ICTDF. Isso faz de Brasília a região com o maior índice de transplantes hepáticos no país, com 42,7 a cada milhão de habitantes, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. O estado com índice mais próximo é o Paraná, com 23,8. A média nacional é de 9,8 transplantes hepáticos por milhão de habitantes.
Além dos transplantes de fígado, outros órgãos, como coração e rins, também têm sido transplantados no Distrito Federal. Entre 2020 e 2023, foram realizados 2.391 transplantes no total, sendo 651 deles no ICTDF, que faz parte da rede complementar da Secretaria de Saúde (SES-DF).
Gislei Oliveira, superintendente do ICTDF, expressou sua felicidade com os resultados alcançados e destacou que a vida dos pacientes, como a de Bruno Saback, muda significativamente após os transplantes.
A secretária de saúde, Lucilene Florêncio, enaltece o esforço do Sistema Único de Saúde (SUS) para salvar vidas e afirma que continuarão trabalhando para oferecer o melhor tratamento para toda a população do Distrito Federal, da região metropolitana e do Brasil. Ela reitera que, sempre que houver um órgão a ser doado e um receptor compatível, a equipe estará pronta para viabilizar o transplante.
É importante ressaltar que o sucesso dos transplantes também é resultado da integração com outras instituições públicas que atuam na logística necessária para esses procedimentos, incluindo o Corpo de Bombeiros, o Departamento de Trânsito (Detran) e a Força Aérea Brasileira (FAB). Essa integração permite agilizar o processo de captação do órgão e realizar a cirurgia no receptor em um prazo máximo de 12 horas.
O gerente geral de Assistência e responsável técnico do ICTDF, o cirurgião André Watanabe, destaca que não se trata apenas do transplante em si, mas também do pós-operatório. Os pacientes recebem todos os cuidados e medicamentos necessários, bem como exames e acompanhamento pelo SUS.
Fonte: Agência Saúde-DF