Entenda o Caso: Eliana Sofre Paralisia no Ombro Causada pela Menopausa
A apresentadora Eliana, de 51 anos, revelou recentemente ter enfrentado uma paralisia no ombro, um problema de saúde que surpreendeu muitos de seus fãs. O episódio, segundo ela mesma, foi decorrente das transformações hormonais provocadas pela menopausa, uma fase natural da vida da mulher, mas ainda cercada de tabus e desconhecimento.
Em uma entrevista sincera e comovente, Eliana relatou que perdeu momentaneamente os movimentos do ombro esquerdo e precisou de acompanhamento médico especializado para identificar a origem do problema. “Foi um susto. Eu sempre me cuidei, mas não imaginava que a menopausa pudesse desencadear algo tão sério no meu corpo”, contou a artista.
Segundo especialistas, a menopausa pode, sim, impactar de maneira significativa a musculatura, as articulações e os nervos periféricos. A queda nos níveis de estrogênio afeta não apenas o equilíbrio emocional e o sono, como também a saúde óssea e a elasticidade muscular, favorecendo quadros inflamatórios e degenerativos. Entre os problemas mais comuns estão dores articulares, formigamentos, sensação de rigidez e até paralisias transitórias por compressões nervosas.
O que é a “paralisia do ombro” e por que pode ocorrer na menopausa?
Embora o termo “paralisia do ombro” soe alarmante, o quadro vivenciado por Eliana pode estar relacionado a uma condição conhecida como capsulite adesiva, também chamada de “ombro congelado”. Trata-se de uma inflamação que limita os movimentos da articulação, com dor intensa e rigidez progressiva. A condição pode ser desencadeada por fatores hormonais, estresse, alterações metabólicas ou imunológicas — todos frequentes na transição da menopausa.
Outra possibilidade seria a síndrome do ombro doloroso-periarticular, bastante comum em mulheres na faixa dos 45 aos 60 anos, e muitas vezes ignorada ou subestimada.
Menopausa: um processo natural, mas que exige atenção
A menopausa marca o fim da fertilidade feminina, geralmente entre os 45 e 55 anos, e embora seja um processo biológico esperado, pode trazer desafios intensos à saúde física e mental. Ondas de calor, insônia, irritabilidade, ganho de peso e alterações musculoesqueléticas são algumas das manifestações comuns. No entanto, muitas mulheres não recebem orientação adequada durante essa fase, o que pode agravar os sintomas.
“Eliana tem um papel importante ao compartilhar esse episódio com o público. Ainda existe muito silêncio em torno da menopausa. O corpo feminino muda, e precisamos falar sobre isso com mais naturalidade, respeito e acolhimento”, afirma a endocrinologista Dra. Carla Menezes, especializada em saúde da mulher.
Tratamento e recuperação
A apresentadora passou por sessões de fisioterapia e cuidados médicos multidisciplinares para tratar a inflamação e retomar os movimentos do ombro. Hoje, ela está em recuperação e reforça a importância do autocuidado e da escuta ao próprio corpo.
“Foi um alerta. Nós, mulheres, cuidamos de tudo e de todos, mas muitas vezes esquecemos de cuidar de nós mesmas. A menopausa exige atenção, e não deve ser vivida com culpa ou vergonha”, disse Eliana.
Um convite ao diálogo
Ao trazer à tona uma experiência tão íntima e delicada, Eliana contribui para ampliar o debate sobre a menopausa e seus efeitos. Seu relato serve como um convite para que outras mulheres observem seus corpos, falem sobre seus sintomas e busquem acompanhamento especializado.
Mais do que um episódio isolado, a história de Eliana evidencia uma urgência: é hora de olhar para a saúde da mulher com mais seriedade, empatia e conhecimento.