Saúde

Dr. Kalil Alerta: “Ser sedentário equivale a ser fumante”

O cardiologista de renome nacional, Dr. Roberto Kalil Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e diretor clínico do Instituto do Coração (InCor), lançou um alerta contundente sobre os riscos à saúde associados ao sedentarismo. Durante entrevista recente, ele afirmou que ser sedentário equivale a ser fumante em termos de impacto negativo para a saúde, evidenciando a gravidade dessa condição que afeta milhões de brasileiros.

Os riscos do sedentarismo
De acordo com o Dr. Kalil, a ausência de prática regular de atividade física é um fator de risco tão significativo quanto o tabagismo para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, obesidade, hipertensão arterial e outras condições crônicas que comprometem a qualidade e a expectativa de vida. Ele enfatiza que o sedentarismo não afeta somente o sistema cardiovascular, mas também impacta diretamente o metabolismo, o controle do peso corporal, a resistência imunológica e a saúde mental.

Segundo estudos recentes, a falta de movimento regular contribui para o aumento da incidência de infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), insuficiência cardíaca e outras complicações que levam à maior mortalidade prematura. Além disso, o sedentarismo pode agravar quadros já existentes de doenças crônicas, dificultando o tratamento e aumentando o custo para o sistema de saúde pública.

A recomendação: 30 minutos diários de atividade física
O especialista ressalta que uma prática diária de pelo menos 30 minutos de atividade física moderada já é suficiente para proporcionar benefícios significativos à saúde. Exercícios como caminhada, ciclismo, natação, corrida leve ou mesmo atividades recreativas adaptadas a diferentes faixas etárias contribuem para a melhora do condicionamento cardiovascular, controle da pressão arterial e dos níveis de glicose no sangue, além de auxiliar na manutenção do peso corporal.

Kalil destaca que a adoção desse hábito pode diminuir em até 35% o risco de doenças cardíacas e melhorar substancialmente a qualidade de vida. Ele alerta que, mesmo pequenas mudanças no cotidiano, como optar por subir escadas em vez de usar elevadores e dedicar tempo a atividades físicas nos parques e áreas abertas do Distrito Federal, podem fazer grande diferença.

A importância da conscientização no Distrito Federal
No Distrito Federal, onde a prevalência de doenças relacionadas ao sedentarismo e ao estilo de vida inadequado é alta, a mensagem do Dr. Kalil reforça a necessidade urgente de estratégias públicas de promoção da saúde. A ampliação de espaços públicos para prática de exercícios, programas comunitários de incentivo à atividade física, e campanhas educativas são fundamentais para reverter esse cenário preocupante.

Além disso, os profissionais de saúde do DF têm papel essencial na orientação e motivação dos pacientes para a mudança de hábitos, destacando que a prevenção é o melhor caminho para reduzir a incidência de doenças crônicas e seus impactos sociais e econômicos.

Sedentarismo e tabagismo: dois fatores de risco com impactos semelhantes
O alerta do Dr. Kalil serve para reforçar que tanto o sedentarismo quanto o tabagismo são fatores modificáveis de risco que exigem atenção imediata. Enquanto o tabagismo está amplamente associado a doenças pulmonares, cardiovasculares e vários tipos de câncer, o sedentarismo também pode levar a graves consequências para a saúde geral, principalmente quando combinado com outros fatores como má alimentação e obesidade.

O combate ao sedentarismo, portanto, deve ser prioridade das políticas públicas de saúde, com ações coordenadas entre governo, setor privado e sociedade civil para incentivar a população a adotar um estilo de vida mais ativo.

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