Chuvas no DF Aumentam Risco de Leptospirose
Com a chegada do período chuvoso no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde (SES-DF) reforça o alerta para a leptospirose, uma infecção grave que pode levar à morte se não for tratada adequadamente. A doença é provocada pela bactéria Leptospira, encontrada com frequência na urina de ratos e transmitida quando a pessoa tem contato, direto ou indireto, com água ou lama contaminadas, especialmente em situações de enchentes, alagamentos e esgoto extravasando.
Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), do Ministério da Saúde, indicam que, entre janeiro e outubro deste ano, 19 casos de leptospirose foram confirmados no DF. Segundo a Gerência de Vigilância Epidemiológica (Divep) da SES-DF, os registros podem ocorrer ao longo de todo o ano, mas tendem a aumentar em períodos de chuva contínua, quando se formam poças, lama e há maior contato da população com ambientes potencialmente contaminados.
Como a doença se manifesta
O tempo entre a exposição à bactéria e o aparecimento dos sintomas costuma variar de 1 a 30 dias, sendo mais frequente ocorrer entre o quinto e o 14º dia após o contato. Os sinais mais comuns incluem:
- febre;
- dor de cabeça;
- dores pelo corpo, especialmente nas panturrilhas;
- náuseas, vômitos, diarreia e, em alguns casos, tosse.
Nas formas graves, podem surgir coloração amarelada na pele e nos olhos (icterícia) e complicações que exigem internação e cuidados intensivos. Nesses casos, o paciente pode apresentar hemorragias, meningite, insuficiência dos rins, do fígado e dos pulmões, quadro que pode evoluir para óbito se não houver tratamento adequado.
Tratamento e riscos da automedicação
O tratamento é feito com medicamentos específicos e medidas de suporte, sempre com acompanhamento médico, de acordo com a gravidade do quadro. Situações mais leves podem ser conduzidas em ambulatório, enquanto as mais graves necessitam de internação hospitalar. A automedicação não é recomendada, pois pode mascarar sintomas, atrasar o diagnóstico e agravar a evolução da doença.
A Vigilância Epidemiológica da SES-DF tem realizado capacitações com profissionais da rede de saúde para agilizar o reconhecimento e o manejo dos casos suspeitos e confirmados, favorecendo diagnóstico e intervenção precoces.
Prevenção começa em casa e no entorno
A prevenção envolve tanto cuidados individuais quanto a atenção ao ambiente. Manter os espaços limpos, acondicionar o lixo de forma correta, evitar acúmulo de entulho e proteger ralos e saídas de esgoto são ações simples que ajudam a interromper o ciclo de transmissão da bactéria. Em áreas sujeitas a alagamentos e enchentes, recomenda-se evitar contato com água e lama sempre que possível e usar botas ou calçados fechados ao transitar por locais de risco.
Informações: SES-DF
