Alerta: Brasil Ultrapassa 1 milhão de Casos de Dengue em 2025
O Brasil ultrapassou, no início de abril, a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue registrados em 2025, segundo dados do Ministério da Saúde. Embora os números apontem uma redução significativa em relação ao mesmo período de 2024, o atual cenário ainda é motivo de preocupação: 2025 pode se consolidar como o segundo ano com maior número de infecções por dengue no país.
A queda nos casos é atribuída a uma combinação de fatores, como ações de vigilância intensificadas, campanhas de conscientização e, principalmente, à introdução da vacinação contra a dengue em estados e municípios com maior incidência. No entanto, os dados reforçam a necessidade de manter a atenção redobrada, especialmente com a chegada do outono e a permanência de chuvas em diversas regiões, condições que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Situação epidemiológica e fatores que influenciam a redução
De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, o número de casos acumulados em 2025, embora ainda alto, representa uma redução expressiva em comparação ao mesmo período de 2024, ano em que o país enfrentou um dos piores surtos de dengue da última década. O avanço da vacinação em faixas etárias específicas e a maior atuação das equipes de saúde em campo contribuíram para o controle da curva de crescimento.
Apesar disso, especialistas alertam que a situação permanece crítica em algumas regiões, especialmente nos grandes centros urbanos e áreas com dificuldades de saneamento básico, onde focos do mosquito continuam sendo detectados com frequência.
Importância da prevenção e controle do vetor
O Aedes aegypti, transmissor da dengue, continua a ser um dos maiores desafios da saúde pública brasileira. O mosquito também é vetor de outras doenças, como zika e chikungunya, o que amplia os riscos sanitários.
O controle da doença depende, em grande parte, da eliminação de criadouros em ambientes domésticos. Entre as principais recomendações das autoridades de saúde estão:
• Evitar o acúmulo de água em vasos de plantas, pneus, garrafas e calhas;
• Manter caixas d’água e reservatórios sempre tampados;
• Limpar com frequência os recipientes que acumulam água, como ralos e bandejas de geladeira;
• Usar telas nas janelas e, quando necessário, repelentes autorizados.
Avanços no combate: vacinação e vigilância ativa
Em 2025, a vacinação contra a dengue foi ampliada, especialmente em áreas de alta incidência e entre adolescentes, grupo considerado prioritário. A vacina, que protege contra os quatro sorotipos do vírus, passou a integrar a estratégia nacional de combate à doença. Embora ainda em fase inicial de distribuição, os primeiros dados apontam efeitos positivos na redução das formas graves da dengue e na necessidade de hospitalização.
Além disso, estados e municípios passaram a adotar tecnologias de monitoramento mais avançadas, como armadilhas para mosquitos, drones para mapeamento de áreas de risco e sistemas de georreferenciamento para acompanhamento em tempo real da propagação da doença.
Perspectivas para o restante do ano
Apesar da tendência de queda em relação ao pico de 2024, o número de casos em 2025 já o posiciona entre os anos mais críticos desde o início da série histórica de monitoramento da dengue no país. O segundo semestre, embora historicamente apresente menos notificações, ainda requer ações contínuas de prevenção, educação em saúde e resposta rápida diante de novos surtos.
O Ministério da Saúde reforça que o combate à dengue depende da participação ativa da população, tanto na eliminação de criadouros quanto na adoção de medidas de proteção individual e coletiva.
O cenário da dengue em 2025 exige cautela e mobilização. A superação do marco de 1 milhão de casos, embora represente uma redução em comparação ao ano anterior, sinaliza que a doença continua sendo uma ameaça à saúde pública. A combinação entre vigilância constante, medidas de prevenção e ampliação da vacinação será fundamental para conter o avanço da dengue e proteger a população nos próximos meses.