2 Mortes Confirmadas: SP Investiga Intoxicação por Metanol
O Estado de São Paulo confirmou duas mortes por ingestão de bebida adulterada com metanol. Desde junho, o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) registrou seis casos de intoxicação, incluindo esses óbitos, e monitora outros dez casos suspeitos. Paralelamente, uma força-tarefa do governo paulista apreendeu 117 garrafas sem rótulo e sem comprovação de procedência em ações de fiscalização realizadas na capital.
Fiscalização e medidas adotadas
- Apreensões: 117 garrafas sem rotulagem ou origem comprovada foram recolhidas em três bares e adegas nas regiões dos Jardins e da Mooca, em São Paulo.
- Óbitos em apuração: além das duas mortes já confirmadas, a Secretaria de Saúde investiga três óbitos possivelmente relacionados (homens de 58 anos em São Bernardo do Campo, 54 anos na capital e 45 anos com local de residência em análise).
- Operação integrada: participaram as secretarias estaduais da Saúde e da Segurança Pública, em parceria com o CVS e a Covisa (Vigilância em Saúde do Município).
- Perícia e sanções: rótulos recolhidos seguem para o Instituto de Criminalística; dois estabelecimentos foram autuados por irregularidades sanitárias.
- Escala da fiscalização: ao longo de setembro, foram realizadas mais de 43 mil ações de vigilância em comércios de bebidas e alimentos nos 645 municípios paulistas.
Sinais de intoxicação por metanol
Os sintomas costumam aparecer entre 12 e 24 horas após a ingestão da bebida adulterada. Procure atendimento imediatamente se, após consumir álcool, surgirem:
- dor de cabeça;
- náuseas e vômitos;
- dor abdominal;
- confusão mental;
- visão turva repentina ou perda de visão em ambos os olhos.
Diagnóstico e tratamento: exames de sangue e de imagem orientam a conduta. O manejo deve ser imediato e pode envolver antídotos, correção da acidose com bicarbonato, reposição de vitaminas e, em casos graves, hemodiálise para remover o tóxico.
O que é o metanol
O metanol é um líquido incolor, inflamável e altamente tóxico, utilizado como solvente, combustível e matéria-prima na indústria química. Mesmo pequenas quantidades ingeridas podem ser letais. No organismo, sua metabolização produz formaldeído e ácido fórmico, compostos que provocam cegueira, acidose metabólica, depressão do sistema nervoso central (sonolência, confusão, convulsões, coma) e podem levar à morte.
