Sal não é um Vilão Absoluto, Mas Pode ser um Inimigo Silencioso
O sal, composto principalmente por cloreto de sódio, é um nutriente essencial para diversas funções do corpo humano — como o equilíbrio hídrico, a condução de impulsos nervosos e o funcionamento muscular. Contudo, o consumo em excesso é uma das principais causas de pressão alta e doenças cardiovasculares, conforme alertam a Organização Mundial da Saúde (OMS) e demais autoridades de saúde.
O quanto consumimos, e o que isso gera de problemas
Segundo a OMS, o ideal é consumir até 5 g de sal por dia (menos de 2 g de sódio). No entanto, muitas populações ultrapassam esse limite: na região das Américas, a média gira em torno de 8,5 g diários — quase o dobro da recomendação. Nos Estados Unidos, esse consumo chega a quase 3.400 mg de sódio por dia, ultrapassando o limite de 2.300 mg (ideal seria 1.500 mg para pessoas com risco cardiovascular).
Iniciativas globais de redução de sal
A OMS destaca que reduzir o consumo de sódio é uma das ações mais eficazes e custo-benefício na redução de doenças crônicas — cada dólar investido pode render um retorno de até 12 dólares em benefícios à saúde pública.
Políticas de redução dependem de abordagens como:
- Reformulação de produtos com menos sal;
- Rotulagem frontal clara;
- Ações de educação e comunicação.”Na Europa, uma redução de 25% no consumo de sal poderia evitar até 900 mil mortes por doenças cardiovasculares até 2030“.
Alternativas mais saudáveis — mas modestamente eficazes
Com o avanço da tecnologia e das políticas de saúde, a OMS lançou em 2025 novas diretrizes recomendando o uso condicional de substitutos com sódio reduzido, como o sal enriquecido com potássio. Os resultados demonstram redução significativa da pressão arterial e riscos cardiovasculares associados.