11 Marcas de Azeite são Vetadas no Brasil por Adulteração e Riscos à Saúde
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) vetou recentemente a venda de 11 marcas de azeite de oliva após constatar adulterações que as tornavam impróprias para consumo. As marcas proibidas incluem: Málaga, Rio Negro, Imperial e Quinta de Aveiro. Somente no primeiro semestre de 2024, mais de 97 mil litros de azeite adulterado foram apreendidos no país, representando um aumento de 17,7% em relação a 2023. As fraudes envolvem a adição de corantes e aromatizantes não autorizados, elevando os riscos à saúde dos consumidores.
Esses produtos, muitas vezes vendidos a preços significativamente abaixo do mercado, podem conter substâncias que afetam a qualidade e segurança alimentar. A MAPA recomenda que os consumidores fiquem atentos ao preço, data de envase, validade e procedência do azeite, verificando também a lista de produtos irregulares disponibilizada pelo órgão.
O azeite é o segundo alimento mais fraudado no mundo, atrás apenas dos produtos de pesca. O caso mais trágico de adulteração ocorreu na Espanha, na década de 1980, quando mais de mil pessoas morreram após consumirem azeite contaminado. O MAPA alerta que fraudes semelhantes podem prejudicar consumidores que utilizam o azeite em dietas específicas para melhorar a saúde cardiovascular, por exemplo.
Além dos problemas de fraude, o aumento global no preço do azeite de oliva, impulsionado pela queda na produção causada por mudanças climáticas, continua a ser uma preocupação para consumidores e produtores. No Brasil, os preços subiram cerca de 40% em relação aos anos anteriores, tornando o produto ainda mais cobiçado e, portanto, alvo frequente de adulterações.
O MAPA reforça a importância de o consumidor se manter informado e fazer escolhas seguras ao comprar azeite, protegendo sua saúde e seu bolso