Descoberto ‘interruptor’ da Ansiedade no Cérebro que Desliga o Transtorno em Ratos
Pesquisadores espanhóis descobriram um grupo específico de neurônios na amígdala — a parte do cérebro associada ao medo — que, quando hiperativos, desencadeiam comportamentos de ansiedade.
Estudos com ratos geneticamente modificados mostraram que a duplicação do gene Grik4 eleva a produção da proteína GluK4 na amígdala basolateral, tornando os neurônios “mais excitáveis” e aumentando a ansiedade nos animais.
Os cientistas usaram uma técnica para normalizar a produção de GluK4 exatamente nessa região cerebral, o que restaurou o comportamento normal — sem afetar todo o cérebro.
O mecanismo identificado envolve dois tipos de neurônios: os de “disparo regular”, que disparam impulsos constantemente, e os de “disparo tardio”, que demoram para ativar. Quando os primeiros disparam demais, eles suprimem o segundo grupo, desregulando a resposta emocional e desencadeando ansiedade.
Apesar de os experimentos terem sido feitos em roedores, a descoberta abre caminho para novos tratamentos mais específicos. A presença da proteína GluK4 pode se tornar um alvo para fármacos que modulariam esse circuito com menos efeitos colaterais do que os remédios atuais para ansiedade.
