Saúde

Vacinação: A Única Forma de Prevenção Eficaz contra a Poliomielite

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Apesar de já ter sido controlada no Brasil, a poliomielite (também conhecida como “paralisia infantil”) ainda exige atenção — especialmente porque o vírus circula em outros países e pode voltar a se espalhar se a cobertura vacinal for baixa.

O que é a poliomielite e por que vacinar

A poliomielite é uma infecção viral causada pelo poliovírus, que pode se manifestar de forma assintomática ou leve, mas em casos graves leva à paralisia permanente de membros, principalmente as pernas, e até à morte.

No Brasil, o último caso autóctone de poliomielite foi registrado em 1989 — uma conquista que foi resultado direto de décadas de imunização em massa.
Mesmo assim, a vacinação permanece essencial — porque o vírus ainda existe em outras partes do mundo, e baixa adesão local abre brecha para reintrodução.

O panorama atual no Brasil

– Em todo o país, a meta anual é vacinar 95% das crianças menores de cinco anos contra a poliomielite, segundo o Ministério da Saúde. 
– No entanto, nos últimos anos, a cobertura vacinal vem caindo: em 2023 foi cerca de 86,5% para a vacina inativada (VIP) para poliomielite. 
– Em regiões específicas, como no Distrito Federal, nos primeiros quatro meses de 2025 a cobertura contra poliomielite ficou em 85,1%, segundo os dados que você enviou — abaixo da meta.
– Essa queda é preocupante: a Organização Pan‑Americana da Saúde (OPAS) já colocou o Brasil entre os países das Américas com alto risco de reintrodução da poliomielite. 

Mudança no esquema vacinal

Recentemente, houve uma alteração importante no protocolo de imunização contra a poliomielite no Brasil:
• A partir de 4 de novembro de 2024, o esquema passou a usar exclusivamente a Vacina Inativada Poliomélite (VIP) (injetável) para crianças menores de cinco anos — ou seja, a “gotinha” da vacina oral (VOP) foi retirada do cronograma de reforço. 
• O novo esquema recomendado:
• 2 meses → 1ª dose VIP
• 4 meses → 2ª dose VIP
• 6 meses → 3ª dose VIP
• 15 meses → dose de reforço VIP 
• Essa mudança foi baseada em evidências de segurança e eficácia, e também para alinhamento com diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Porque isso importa para pais, mães e cuidadores

Para mim, como nutricionista comportamental, esse tema nos conecta com a promoção de saúde preventiva de forma integral — ou seja, vacinar não é apenas “prevenir doença”, mas proteger todo o desenvolvimento da criança, seu bem-estar e o ambiente ao redor. Aqui vão alguns pontos-chave:
• A vacinação em dia garante que a criança tenha menos risco de complicações graves — o que significa menos interrupções no crescimento, menos impacto na energia, mobilidade, e nos marcos de desenvolvimento motriz.
• A imunização coletiva protege os mais vulneráveis (como bebês ainda não vacinados ou crianças com problemas de saúde) — isso amplifica o bem-estar familiar e social.
• A queda na cobertura pode levar ao retorno de doenças “do passado” — algo que traumatizou gerações e que não queremos que volte.
• Como profissional de saúde, é importante incentivar e esclarecer: muitas famílias têm dúvidas ou receios (especialmente sobre vacinas) — e fomentar confiança é parte do cuidado.

Embora o Brasil tenha eliminado os casos autóctones da poliomielite há décadas, a ameaça permanece enquanto a cobertura vacinal estiver abaixo do necessário. A vacinação continua sendo a única forma eficaz de prevenção — e novos ajustes no esquema vacinal tornam indispensável que os responsáveis estejam informados.

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