Dia Nacional da Doação de Órgãos: Celebrar a Vida com Solidariedade
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No Brasil, 27 de setembro é marcado como o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, instituído pela Lei nº 11.584/2007, com o objetivo de mobilizar a sociedade para a importância desse ato de solidariedade.
Um panorama dos transplantes no Brasil
- O país conta com o maior programa público de transplantes no mundo — o Sistema Único de Saúde (SUS) responde por cerca de 95% das operações realizadas.
- Em termos absolutos, o Brasil ocupa a segunda posição global em número de transplantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
- Mesmo com esse protagonismo, há uma lacuna importante: muitos pacientes ainda aguardam por órgãos e tecidos.
Por que esse dia é tão relevante
A data tem múltiplos propósitos:
- Despertar a consciência social: incentivar reflexão sobre a doação e desfazer tabus e mitos.
- Estimular o diálogo familiar: mesmo que uma pessoa manifeste a vontade de doar, a família precisa aprovar a doação após o seu falecimento.
- Melhorar a estrutura do sistema de transplantes: fortalecer a cadeia de captação, transporte, equipe hospitalar e políticas públicas para reduzir o tempo de espera.
Como funciona o processo de doação
- Quando ocorre morte encefálica — isto é, a cessação irreversível das funções do cérebro — é possível considerar a doação de órgãos e tecidos.
- Os órgãos mais frequentemente doados são rins, fígado, pulmões, coração e pâncreas; entre os tecidos, destacam-se córneas, pele, ossos e tendões.
- No caso de doadores vivos, é permitido doar, por exemplo, um rim ou parte do fígado, desde que haja compatibilidade e autorização legal. Em doações entre não parentes, exige-se permissão judicial prévia.
As barreiras à doação
Mesmo com avanços, a rejeição familiar permanece como um obstáculo significativo. Entre os fatores mais citados estão:
- Falta de compreensão sobre o que é morte encefálica
- Comunicação inadequada da equipe médica no momento da perda
- Questões religiosas ou culturais
O que cada pessoa pode fazer
- Conversar em vida com familiares e amigos sobre a decisão de doar — isso facilita que o desejo seja respeitado no momento certo.
- Incentivar o conhecimento sobre o tema: quanto mais pessoas souberem como o processo funciona, menor o receio frente à doação.
- Apoiar iniciativas do Setembro Verde — campanha que mobiliza a sociedade durante todo o mês para valorizar a doação de órgãos e tecidos.
