Saúde

Desafios no Uso de Contraceptivos e o Papel da Informação no Brasil

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Uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos, a pedido da farmacêutica Bayer, mostrou que um quarto das mulheres brasileiras não utiliza atualmente nenhum método contraceptivo. Esse dado é considerado relevante, já que mais de 60% já passaram por ao menos uma gestação não planejada ao longo da vida. O levantamento ouviu 800 mulheres entre 18 e 60 anos de todas as regiões do país, entre 21 e 28 de agosto deste ano.

O estudo revelou que, embora a maioria das mulheres (91%) já tenha recorrido a algum tipo de contraceptivo em algum momento da vida, ainda há uma lacuna importante de conhecimento sobre métodos modernos, como os dispositivos intrauterinos e implantes, que são indicados por diretrizes internacionais de saúde. Entre os pontos mais marcantes, destacou-se que dois terços das entrevistadas desconhecem que o DIU hormonal tem cobertura obrigatória pelos planos de saúde, um direito ainda menos reconhecido pelas mulheres das classes sociais mais baixas. Além disso, quase 90% não sabem distinguir o DIU de cobre da versão hormonal.

A pesquisa também identificou o impacto das redes sociais na busca por informações relacionadas à contracepção. Quase 60% das entrevistadas relataram usar a internet como principal fonte de esclarecimento sobre saúde, especialmente as mais jovens. No entanto, esse hábito pode expor muitas mulheres a conteúdos sem base científica, que acabam reforçando mitos e levando a decisões pouco seguras. O risco é que escolhas sobre contracepção sejam pautadas por experiências isoladas ou opiniões sem respaldo médico, resultando em insegurança e em maior incidência de gravidezes não planejadas.

Outro ponto de atenção é que, influenciadas por conteúdos digitais, algumas mulheres podem até abandonar métodos contraceptivos sem buscar orientação profissional. Apesar das dúvidas comuns em relação aos efeitos hormonais, especialistas reforçam que hoje existem opções variadas e seguras, adaptadas a diferentes perfis e necessidades. O acesso a informações de qualidade e a consulta com profissionais de saúde permanecem como os caminhos mais confiáveis para ampliar a autonomia reprodutiva e reduzir os riscos associados à falta de contracepção adequada.

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